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Comparações dos chás de DMT (daime, ayahuasca, etc) com outras drogas
Publicado em: 11 de setembro de 2006, 11:04:53  -  Lido 11457 vez(es)

É verdade que as chamadas "plantas de poder" acompanham a humanidade há séculos, podendo ser usadas - em contexto apropriado - para uma dissolução parcial do ego, favorecendo experiências de morte e renascimento através da percepção da realidade "além do cérebro".

 

Entretanto, por se tratar de um agente bioquímico externo, é necessário cautela e preparo que poucos trabalhos tem, incluindo apoio psicológico adequado e constante. Não é por acaso que temos um ego e vivemos no mundo do "consciente".

 

Assim como o inconsciente não é uma "doença" como parecia a Freud; tampouco o ego ou mente são "inimigos" ou "enganadores", como querem certas tradições religiosas, incluindo algumas casas de daime. Se por um lado as experiências místicas - com ou sem alucinógenos - demonstram que a mente nos prende aqui, por outro lado isso também tem um porque. Filosofar sobre isso transcenderia este texto, mas não temos nossa mente e ego em vão.

 

Talvez nossa sociedade seja por demais neurótica, daí o crescimento de seitas e drogas que pretendem livrar o sujeito de sua mente, ainda que temporariamente. Não é esse o equilíbrio. Podemos não nos prender na neurose sem precisarmos negar a consciência vivendo em psicose. Psicoterapia é um bom caminho para isso, religiosidade sadia também.

 

Neste sentido, a busca da iluminação e da consciência passa a ser um caminho pessoal de descoberta, que vem sempre de fora para dentro, e não o contrário. Por isso, embora eu compreenda que em certas circunstâncias muito particulares o uso de uma substância psicoativa possa ser um facilitador para uma minoria de iniciados religiosos, não recomendaria o uso de chás sem um preparo espiritual ou psicológico, sem um estado prévio de meditação e purificação, e menos ainda como um vício repetitivo.

 

Plantas de poder não são "atalhos" para a meditação. Pensar que a "espiritualidade" é uma mera ingestão de substância, é assumí-la como "iluminação fast-food". É sintomático ver essa busca numa época em que os amores se tornaram líquidos, e as relações superficiais. Na espiritualidade líquida, até mesmo Deus e o Êxtase é adquirido instantâneamente, sem muito esforço, meia hora após pagamento e ingestão.

 

Para piorar, uma significativa parte de coordenadores de trabalhos que usam psicoativos "liberados" não parecem ter equilíbrio e conhecimento psíquico suficiente. Um "padrinho" bastante conhecido alega, tentando descaracterizar o conhecido efeito alucinógeno da planta, que "não conseguiram provar o que o daime provoca no cérebro, nem como atua". Logo, conclui ele falaciosamente, então tudo é espiritual.

 

Não é verdade que não saibamos o que DMT associado com inibidores da MAO causa. Embora o daime enquanto chá seja tolerado no Brasil para fins religiosos, o DMT presente nele faz parte da lista internacional de drogas proibidas em quase 200 paises - Brasil incluido - pela Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas da ONU.

 

Alguns psiquiatras brasileiros, dentre eles o conhecido Sidarta Ribeiro, colunista da revista Viver Mente & Cérebro, vem fazendo experiências de neuroimagem com pessoas que tomaram daime, e monitorando as áreas afetadas. "A hoasca confere status de realidade às experiências interiores. As mirações são dão reais quanto a percepção visual de elementos externos, pelo menos no que diz respeito à modulação observada no sistema visual primário (BA17)". Em outros termos, a imaginação estará no poder, e o que se ver internamente nesse estado alterado será tido como real. Ainda que por outros meios, áreas e fins, não é diferente da definição de psicose.

 

É ingênuo achar que as experiências alegadas como "espirituais" não passam pela mente e cérebro, ou que visões obtidas após a ingestão de alucinógenos deixaria de ter consequências físicas e mentais apenas porque o usuário atribui valores "espirituais" às visões. Sabemos hoje que até a meditação (sem drogas) provoca alterações progressivas na parte frontal do cérebro (vide artigo cientifico publicado na Viver Mente e Cérebro em http://www2.uol.com.br/vivermente/conteudo/materia/materia_35.html ). Logo, a afirmação do líder de que "não conseguiram provar o que o daime provoca no cérebro, nem como atua" equivaleria apenas dizer que "a substância afeta os neurotransmissores de modo desconhecido e violento".

 

Felizmente, há coordenadores que compreendem a clara relação entre o daime e outras drogas. O diferencial, neste caso, dá-se principalmente pela egrégora, pela boa intenção do uso do daime, e pela própria natureza do transe, mais estruturador do que dissociativo. É por isso, talvez, que nos chegam relatos de uso constante de Santa Maria (maconha) e São Pedro (cogumelos, mescalina, peyote, cactus e derivados) em várias casas de ayahuaska (Santo Daime), obtendo os mesmos fins. Stanilav Grof, Thimoty Leary e Robert Anthony Wilson relatam em seus livros e práticas que usavam LSD com o mesmo resultado.

 

Embora também seja uma droga psicotrópica, que como tal possui contra-indicações especialmente de ordem psíquica, a favor da aihuasca poderia alegar-se ser natural, ser liberada para uso desde que em contexto controlado e espiritual, não alimentar o crime e o narcotráfico, ser usada visando o conhecimento e não a fuga, não ter efeitos colaterais orgânicos perceptíveis (excessão feita, talvez, a estruturas psíquicas), não gerar abstinência ou vício perceptível e ter seus rituais conduzidos e assistidos.

 

Além do mais, no último congresso do sindicato de psicanálise de São Paulo, em Outubro de 2007, grupos multidisciplinares de apoio a usuários de drogas destacaram que embora não haja diferenças classificatórias significativas entre maconha e ayahuasca, o uso da primeira dá um significante de "drogado", "marginal" ao sujeito, que inconscientemente visa subverter a ordem da sociedade, e, em última análise, a dos pais. Psicanaliticamente falando, ainda que ambas sejam naturais, o usuário de drogas não ignora sua aversão a valores morais e patrocínio do crime organizado; e, pelo mesmo raciocínio, um usuário que busque alucinógenos lícitos unicamente com intenção de auto-conhecimento buscando a Deus tem outras variáveis psíquicas associadas.

 

Entretanto, independente dos critérios políticos de cada sociedade para proibir algumas drogas como a maconha e liberar outras como o daime, a natureza das plantas de poder permanece a mesma: o estado se dá por via externa, com neurotransmissores envolvidos, e por natureza não respeitando as defesas e limites que a psique do usuário construiu, saudável ou neuroticamente, para conhecer-se no tempo adequado.

 

Romper as barreiras do inconsciente implica em encontrar o que deixamos por lá, e, citando o poeta Aldir Blanc, "nem sempre é possível vencer Satã só com orações". Parafraseando Jung, "qualquer árvore cuja copa almeje tocar os céus precisará ter raízes tão profundas que chegem aos infernos".

 

Certamente a promessa de uma sensação de ter vislumbrado "Deus" - ou voltado a ele - após uma simples ingestão de substância psicoativa parece uma tentação muito interessante em tempo de prazeres imediatos e amores líquidos. Mas, sabendo que depois dela precisaremos viver aqui, é razoável avaliar a possibilidade dos riscos psíquicos com os quais pagaremos o prazer temporário; e, principalmente, lembrar que a profundeza dos infernos pessoais varia bastante, bem como o tempo em que cada um permanece ali depois de encontrá-lo.

Por fim, o princípio ativo do DMT assemelha-se, dentre outros efeitos, ao de um potentíssimo anti-depressivo (inibidor da MAO, aumentando a serotonina), envolvendo alguns estados alucinatórios (aumento de dopamina). Sabidamente, qualquer estado de elevação do humor além da normalidade tem sua contrapartida depressiva, explicando assim as "viagens" interiores, mais silenciosas, reflexivas e voltadas à avaliação do passado, que também ocorrem - em geral de forma positiva, segundo os usuários, mas, registre-se, com alguns casos desestruturadores, na visão psicanalítica. O que subiu tem que descer. Ou, nas palavras do poeta Renato Russo, "parece cocaina mas é só tristeza", ou seja, a descida é inerente aos estados artificiais de euforia.

 

Ainda que haja diferenças na intenção e egrégora, e outras nuances envolvidas que parecem transcender a neuroquímica do corpo biológico, a dúvida sobre ser ou não alucinógeno, psicotrópico ou "enteógeno" (eufemismo recente para alucinógenos usados em contexto espiritual) pode ser decidido facilmente pela observação prática. Definindo a questão dos estados via substância, todas tem uma estrutura comum.

  

Vejamos, e compare estruturalmente com o que também ocorre - em que pese as boas intenções - em muitos usos dos chás de DMT:

ÁLCOOL:

O usuário está de "cara limpa", e ri pouco. Quando bebe, a substância atua em seu corpo e cérebro, gerando um estado alterado, inicialmente feliz. Depois, há consequências, nem todas agradáveis para o usuário, o que dirá para os demais... Além do mais, a falta de riso quando o efeito da bebida passar será maior do que a inicial, até por agora haver comparação. Este estado leva o usuário, cedo ou tarde, a beber mais, o que na repetição pode lhe deixar mal visto para muitos. A defesa será, intencionalmente ou não, ter que isolar os "certinhos", se fechando no mundo de verdades próprias, com as limitações conscienciais do botequim, trocando sem perceber as amizades para os companheiros de copo e os que os exploram. Este novo relacionamento dimunuirá a culpa pela defesa - pelo menos enquanto estiver naquele meio "diferente". E como ali ele é compreendido e bem visto, como sair da roda de alcoolistas pode expor alguma mediocridade (roubando o efeito bom que pensava ser seu, mas que só teve através da bebida), o viciado precisará, querendo ou não, beber outra vez. E então, afastando-se de quem tentar chamá-lo ao bom senso, sem comprender como psiquicamente ele e a garrafa se tornaram um só, o jeito é dizer que uma ou outra dose não faz mal. E viver assim, até em uma certa felicidade, mas desperdiçando talvez a desafiante oportunidade de constituir-se aqui, na desprezada "normalidade" da consciência, que pode ser uma viagem breve demais.

COCAINA:

O usuário está de "cara limpa", está um pouco triste. Quando cheira, a substância atua em seu corpo e cérebro, gerando um estado alterado, que o deixa a mil, seguro e feliz. Depois, há consequências, nem todas agradáveis para o usuário, o que dirá para os demais... Além do mais, a depressão quando o efeito da cocaina passar será maior do que a inicial, até por agora haver comparação com quando podia tudo e "se achava". Este estado leva o usuário, cedo ou tarde, a consumir mais, o que na repetição pode lhe deixar mal visto para muitos. A defesa será, intencionalmente ou náo, ter que isolar os "caretas", se fechando no mundo de verdades próprias, com as limitações conscienciais das "bocas", trocando sem perceber as amizades para os "doidos" e os que os exploram. Este novo relacionamento dimunuirá a culpa pela defesa - pelo menos enquanto estiver naquele meio "diferente". E como ali ele é compreendido e bem visto, como sair do círculo pode expor alguma mediocridade (roubando o efeito bom que pensava ser seu, mas que só teve através do uso do pó), o sujeito precisará, querendo ou não, cheirar outra vez. E então, afastando-se de quem tentar chamá-lo ao bom senso, sem comprender como psiquicamente ele e a "carreira" se tornaram um só, o jeito é dizer que um "tirinho" ou outro não faz mal. E viver assim, até em uma certa felicidade, mas desperdiçando talvez a desafiante oportunidade de constituir-se aqui, na desprezada "normalidade" da consciência, que pode ser uma viagem breve demais.

 

CHÁS "NATURAIS" COM DMT:
O usuário está de cara limpa, não teve visões ou insights como relatam, não saiu do corpo como os que tem disciplina, não sentiu fusões como relatam os da "demorada" meditação. Aí tomam um certo chá com alcalóides potentes (a harmalina, no cipó, e a dimetiltriptamina, nosso conhecido DMT). A substância no corpo e cérebro, e (só) então ele percebe "Deus", tem (algum tipo de) visões, e enxerga (encara?) suas sombras psíquicas no "astral". Passa a se sentir, enfim, "O" paranormal. Pensa ser igual ou melhor do que aqueles que relatam êxtases após intensa prática espiritual.


Ao contrário da bebida e da cocaina, aqui as consequências não esperam o "depois". O corpo protesta, e muita gente faz "limpeza" ali mesmo, outros "colocam para fora" as suas "peias" (esses eufemismos). Em português claro, há um um cenário não tão comum nos centros de meditação lenta do Tibet, com muitos dos candidatos a "iluminados" defecando e vomitando sem parar - e acreditando que isso é uma metáfora de purificação. Sob efeito da substância, e sem poder sair para procurar socorro médico ou farmaceutico, parecem todos surdos ao óbvio alerta de rejeição que todos os organismos animais sempre dão em relação ao que lhes faz (muito) mal: vômito e diarréia após ingestão acidental de substância tóxica. Seria apenas o daime a excessão?

E é só o começo do ritual. Em breve toda a sombra psíquica, tudo aquilo que ao não ser encarado foi jogado para o inconsciente, tudo o que não quisemos encarar a ponto de um dia nos fazer buscar atalhos conscienciais assim, vai ser encarado. O que o usuário tão "corajoso" não compreende é que o inconsciente dos "normais" provalmente não apresenta tantas sombras - ou obsessores, dependendo da crença - assim.

Além do mais, qualquer psicopatologia cotidiana pré-existente parecerá maior após o efeito do DMT passar, ainda mais se comparada com o domingo em que ele se sentia íntimo de com Deus. Se a pessoa já não suportava a dita "normalidade", verá o dia a dia parecer mais "normal" ainda, sem as cores dos delírios e alucinações que tive em conjunto com as "visões espirituais" que apareciam junto com sombras internas nas mirações.

Ou seja, uma vez tendo entrado e repetido, pode não haver volta. A dependência, se não for química, é psicológica e consciencial. Compare com os parágrafos do álcool ou cocaina. Experimentou algumas vezes, há uma compulsão por voltar.

 

Até os caminhos espirituais, que seriam a tábua de salvação para outros drogados, neste caso parecem mais árduos. É fato que o daime substitui com vantagens algumas drogas mais nocivas e ilícitas, e fazem um grande trabalho nisso. Mas e quem não usava outras drogas? Como parar com o daime?

 

Um caminho espiritual de cara limpa dificilmente poderá ajudar. Até porque, foi por não querer percorrê-los que muitos foram parar ali. Então, não se vê outra solução - a não ser que se deixe o inconsciente, e encare a vida com os pés no chão. Mas quem abandonará o "espiritual" justamente na hora em que estava, via chá, se sentido o próprio "Deus"? Difícil voltar, e se não volto preciso justificar minha estada ali - e aí começa o fundamentalismo religioso de alguns, que pode ser mais nocivo e delirante do que qualquer substância.

E se não podem voltar, terão que tomar mais chá de DMT, ainda que isso os deixem mal visto para muitos, ainda que entristeçam parentes, ainda que percam amigos e relacionamentos, ainda que às vezes os prejudiquem no trabalho, ainda que muitos vivam sem poder assumir suas opções "religiosas" ou apresentar seus "novos amigos" de fim de semana. E isso, é óbvio, faz o usuário de daime mutas vezes isolar mais ainda os amigos e parentes "caretas", taxados de "preconceituosos" (mesmo se já experimentaram e não gostaram).

 

Aos poucos, o que era uma simples experiência xamânica de expansão de consciência ganha outros ares. O usuário se obriga a se fechar no mundo de suas próprias verdades, com as limitações conscienciais dos "céus" (sic) espirituais do daime. E como frequenta ali, acaba incorporando seus discursos que misturam revelações astrais ou espirituais (algumas com teor demasiadamente místico), credos equivocados (a maioria facilmente explicáveis pelo inconsciente coletivo de Jung) e uma coleção de crendices e suposições (parte delas já desmentidas). Muito disso apresentando estrutura dos discursos psicóticos (conforme classificação bem documentada nas referências de doenças mentais - DSM-IV-TR, CID-10, Bergeret, e em grande parte dos casos não tem nada de "espiritual" assim). Esse pacote sincrético todo recebe o nome de "doutrina", e o usuário é aos poucos convocado a defendê-la como "sagrado". 

E assim trocam, sem sequer perceber, suas amizades espiritualistas e referências de discernimento para os companheiros de "atalho consciencial". E elevam a "grande mestre xamã e padrinho" alguns crédulos (ou oportunistas) que exploram a substância, em troca de uma adoração e popularidade que nunca obtiveram por sua própria sabedoria e palavras, mas que estranhamente o "padrinho" passou a receber quando começou a comercializar (paga-se até 50 reais pela dose) o milagroso chá. Em um local onde todos estão fora de si tendo "mirações" do divino, é natural associar o coordenador a um próprio Avatar da Divindade. E o ego de vários padrinhos acredita.

E estando nesse meio, o usuário se sente enfim "normal", e ainda "inspirado espiritualmente". Há um claro contraste com o estado que conquistou antes do chá, apenas pelo seu mérito. Santo chá, dai-me chá! E isso diminuirá sua culpa pela sua defesa - pelo menos enquanto estiver naquele meio "diferente". Forma-se uma posição dual, esquizo-paranóide (Melanie Klein), mal externo e bem interno, que o fará ver ALI como um "céu", cindido. O que implica associar à vida cotidiana externa (tudo o que não seja seu "céu") os infernos que buscou. Muitos consideram largar tudo e mudar-se para os centros de daime na floresta, outros tentam abrir casas aqui. Não é mais possível viver como antes, trilhando o caminho dos comuns. E iludidos, muitos se esquecem de que o Todo precisa estar em Tudo, e que não pode haver Todo e fusão enquanto apenas um lugar é o céu; e duas ervas, meu "Deus".

Mas como ali a pessoa é bem vista e se fortalece, enquanto ao sair daquele círculo expõe suas fraquezas e dificuldades de adaptação... E como fora dali suas sombras os governam, mas ali até cultuam o fato de se encontrar com elas; e como largar o DMT significa "esquecer" da tal luz, roubando assim todo o efeito "espiritual" que *pensavam* ser sua maior conquista espiritual - mas que vai embora e os deprime quando ficam tempo demais sem tomar... Muitos precisam beber outra e outra vez.

E então, sem comprender como a principal fusão que tiveram foi psíquica, e como alguns foram protagonistas de um triste episódio consciencial onde ele e o chá se tornaram um só, o jeito é dizer a erva é Deus, que tudo aquilo é (apenas) religião, e que um ou outro golinho - ou vômito - não faz mal.

Santo, dai-me sabedoria para viver bem AQUI.

Lázaro Freire



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